segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Reação Química

REAÇÕES QUÍMICAS
As substâncias podem combinar-se com outras substâncias transformando-se em novas substâncias. Para estas transformações damos o nome de Reações Químicas.
Reação Química é um fenômeno onde os átomos permanecem intactos. Durante as reações, as moléculas iniciais são "desmontadas" e os seus átomos são reaproveitados para "montar" novas moléculas.

No nosso cotidiano, há muitas reações químicas envolvidas, como por exemplo, no preparo de alimentos, a própria digestão destes alimentos no nosso organismo, a combustão nos automóveis, o aparecimento da ferrugem, a fabricação de remédios, etc.

    
EQUAÇÃO QUÍMICA
A forma que representamos a reação química chama-se Equação Química.
Equação Química – é a representação gráfica da reação química.
Nela colocamos os elementos que estão envolvidos na reação, de forma abreviada, e como ela aconteceu, através de símbolos já padronizados.
As Equações Químicas representam a escrita usada pelos químicos e de forma universal, ou seja, é a mesma em qualquer país.
As substâncias que participam da reação química são chamadas de produtos ou reagentes na equação química.
Reagentes (1° membro) – são as substâncias que estão no início da reação. São as que irão reagir, sofrer a transformação.
Produtos (2° membro) – são as substâncias resultantes da reação química.
Exemplo: Duas moléculas de gás hidrogênio juntam-se com uma molécula de gás oxigênio formando duas moléculas de água.
2H2       +       O2    →       2 H2O

reagente                    produto
Observe que o H2 e o O2 são reagentes e H2O é o produto.
Para representar a reação química, utiliza-se uma seta apontando para o lado direito, indicando a transformação.
Em cima da seta, são utilizados alguns símbolos indicando as condições nas quais a reação deve ocorrer.
∆ - calor
aq – aquoso ( em água)
cat – catalisador
λ – energia luminosa
Em cada substância pode haver os seguintes símbolos:
↑ - desprendimento de gás
↓ - precipitação de um sólido
Nas equações químicas, as substâncias podem aparecer com seus estados físicos:
(s) – sólido
(l) – líquido
(g) – gasoso
Exemplo:
C (s)   +  O2 (g)   →   CO2 (g)
TIPOS DE REAÇÕES QUÍMICAS
As reações químicas são classificadas em quatro tipos:
- síntese ou adição
- análise ou decomposição
- simples troca ou deslocamento
- dupla troca
- SÍNTESE OU ADIÇÃO – é a reação onde duas ou mais substâncias reagem para se transformar em uma. Exemplos:
C  +  O2  →    CO2
Cao  + H2O  →   Ca(OH)2

- ANÁLISE OU DECOMPOSIÇÃO – é a reação onde uma substância se divide em duas ou mais substâncias de estrutura mais simples.
Exemplos:
2AgBr  →    2Ag  + Br2
2Cu(NO3)2   →    2CuO  +  4NO2  +  O2 

- SIMPLES TROCA OU DESLOCAMENTO – é a reação onde uma substância simples troca de lugar com um elemento de uma substância composta, se transformando em uma nova substância simples.
Exemplos:
Zn   +  H2SO4     →   ZnSO4  +   H2
Fe   +  CuSO4   →   FeSO4    +  Cu
 
- DUPLA TROCA – é a reação onde duas substâncias compostas reagem e trocam seus elementos, se transformando em duas substâncias também compostas.
Exemplos:
HCl  +   NaOH   →  NaCl  +    H2O    
FeS  +   2HCl     →  FeCl2  +  H2S
 
LEI DE LAVOISIER
“Numa reação química, a soma das massas dos reagentes é igual à soma das massas dos produtos.”
Segundo esta lei, num sistema químico fechado, qualquer que seja a transformação ocorrida, a massa segue constante.
Estas afirmativas obedecem a uma Lei da natureza. Descoberta pelo cientista francês Antoine Lavoisier, no final do século XVII. Por este motivo, esta lei ficou conhecida como Lei de Lavoisier ou Lei da Conservação da Massa.
É dele também a célebre frase: "Na natureza nada se perde, nada se cria. Tudo se transforma".

Observe:
Uma reação entre as substâncias A e B transformam-se em C.
A massa da substância A é 20g e de B é 5g. Qual a massa de C?
A   +    B   →   C
20g     5g         x
Então: 20 + 5 = 25g de C
A   +    B   →   C
20g     5g         25g
Esta reação obedece a Lei de Lavoisier, onde a soma das massas dos reagentes é igual a soma da massa dos produtos.
 
LEI DE PROUST
"Uma determinada substância composta é formada por substâncias mais simples, unidas sempre na mesma proporção em massa".
O químico francês Joseph Louis Proust observou que em uma reação química a relação entre as massas das substâncias participantes é sempre constante. A Lei de Proust ou a Lei das proporções definidas diz que dois ou mais elementos ao se combinarem para formar substâncias, conservam entre si proporções definidas.
Observe: A massa de uma molécula de água é 18g e é resultado da soma das massas atômicas do hidrogênio e do oxigênio.
H2 – massa atômica = 1 → 2 x 1 = 2g
O – massa atômica = 16 → 1 x 16 = 16g
Então 18g de água tem sempre 16g de oxigênio e 2g de hidrogênio. A molécula água esta na proporção 1:8.
m H2  =   2g  =   1
____     ___      __

m O       16g       8

As Leis de Lavoisier e de Proust são chamadas de Leis Ponderais porque estão relacionadas à massa dos elementos químicos nas reações químicas.

Tabela Periódica

TABELA PERIÓDICA
A partir do século XIX, cientistas começaram a perceber que os elementos químicos poderiam ser agrupados em colunas, formadas pela reunião de elementos com propriedades semelhantes.
O número de elementos químicos conhecidos pelo homem aumentou com o passar dos séculos, principalmente no XIX.
Observe a tabela:
ATÉ O FINAL DO SÉCULO:
Nº DE ELEMENTOS QUÍMICOS
XVI
14
XVII
33
XIX
83
XX
112

Alguns elementos que já eram conhecidos antes de 1650, como Ag, C, As, Au, Hg, Pb, Sn, Sb, Cu, S.
Depois de tantos químicos tentarem classificar os elementos químicos, Dimitri Ivanovitch Mendeleyev foi o que mais se destacou. Seu trabalho em classificar os elementos é usado até hoje. Ele criou uma tabela periódica dos elementos, que serviu de base para organizar a que temos hoje.
Mendeleyev observou que há uma periodicidade das propriedades quando os elementos químicos eram colocados em ordem crescente de suas massas atômicas.
Lei da periodicidade – muitas propriedades físicas e químicas dos elementos variam periodicamente na sequência de seus números atômicos.
Como utilizar a Tabela Periódica?
Cada quadro da tabela fornece os dados referentes ao elemento químico: símbolo, massa atômica, número atômico, nome do elemento, elétrons nas camadas e se o elemento é radioativo.
As filas horizontais são denominadas períodos. Neles os elementos químicos estão dispostos na ordem crescente de seus números atômicos. O número da ordem do período indica o número de níveis energéticos ou camadas eletrônicas do elemento.
A tabela periódica apresenta sete períodos:
1º período – 2 elementos
2º período – 8 elementos
3º período – 8 elementos
4º período – 18 elementos
5º período – 18 elementos
6º período – 32 elementos
7º período – até agora 30 elementos
As colunas verticais constituem as famílias ou grupos, nas quais os elementos estão reunidos segundo suas propriedades químicas.
As famílias ou grupos vão de 1 a 18. Algumas famílias possuem nome, como por exemplo:
1 – alcalinos
2 – alcalinos terrosos
13 – família do boro
14 – família do carbono
15 – família do nitrogênio
16 – família dos calcogênios
17 – família dos halogênios
18 – gases nobres
Da família 1 e 2 e 13 até 18 chamamos de elementos representativos.
Da família do 3 até 12 chamamos de elementos de transição.
Os elementos que ficam na série dos lantanídeos e actinídeos são os elementos de transição. Como eles estão no grupo 3, como se estivessem numa “caixinha” para dentro da tabela, são chamados de elementos de transição interna. E os demais são chamados de elementos de transição externa.

Os elementos químicos estão reunidos em três grandes grupos: metais, não-metais e gases nobres. O hidrogênio (H) não se encaixa em nenhuma dessas classificações porque possui características próprias. Algumas tabelas mostram esta divisão.
Os metais são elementos químicos que possuem várias propriedades específicas, como brilho, condutividade térmica e elétrica, maleabilidade e ductibilidade. Todos os metais são sólidos à temperatura de 25ºC e pressão de 1atm, exceto o mercúrio (Hg) que é líquido nestas condições.
                    
 
Quase todos os metais têm brilho, pois são capazes de refletir muito bem a luz. Ouro, prata e alumínio são exemplos de metais com muito brilho.
Os metais são bons condutores elétricos. Como em geral apresentam ductibilidade, ou seja, podem ser reduzidos a fios, são usados como tal na condução de eletricidade.
Os metais conduzem bem o calor. Nem sempre um metal puro apresenta as propriedades desejáveis para determinadas aplicações. Por isso são produzidas as ligas metálicas, onde dois ou mais metais são misturados. São exemplos o bronze e o latão. O bronze é uma mistura de cobre, estanho e o latão é resultado da mistura de cobre e zinco.
A maioria das ligas é formada por dois ou mais metais, mas algumas contêm não-metais, como o carbono. A liga mais usada desse tipo é o aço.
Os não-metais são maus condutores de eletricidade, quase não apresentam brilho, não são maleáveis e nem dúcteis. Tendem a formar ânions (íons negativos).
Os gases nobres ou inertes, ou ainda raros, constituem cerca de 1% do ar. É muito difícil se conseguir compostos com estes gases. Raramente eles reagem porque são muito estáveis. Suas camadas exteriores estão completamente preenchidas de elétrons. Estão todos no grupo 18 da tabela periódica.
Na tabela periódica atual, existem elementos naturais e artificiais.
Os naturais são os elementos encontrados na natureza e os artificiais são produzidos em laboratórios.
Dois estão localizados antes do urânio (U-92), os chamados elementos cisurânicos, que são o tecnécio (Tc – 43) e o promécio (Pm – 61). Outros elementos artificiais vêm depois do urânio, chamamos de transurânicos que são todos os outros após o U – 92. Dentre eles: Pu, Am, Bk, Fm, No, Sg, Ds.

Alguns elementos e suas descobertas:
Muitos elementos são conhecidos desde a Antiguidade, como por exemplo:
- Fe – ferro
- Pb – chumbo
- Cu – cobre
- S – enxofre
A partir do século XVII foram descobertos outros elementos. Seus nomes eram homenagem ao cientista que produzia esse novo elemento ou à sua região de origem:
- Mg – magnésio – Magnésia, região da Grécia.
- Al – alumínio – do latim alumen, sal de alumínio.
- Br – bromo – do grego bromos, mau cheiro.
- Rb – rubídio – do latim rubidium, cor vermelho-escuro.
-He – hélio – do grego hélios (Sol), por ter sido descoberto a partir do espectro da luz do Sol.
- Po – polônio – alusão à Polônia, terra natal de Marie Curie.
No século XX, com a produção de elementos artificiais foram utilizados nomes dos planetas do Sistema Solar:
- Np – netúnio
- Pu – plutônio
Homenagem também a continente:
- Am – amerício
Homenagem a um estado norte-americano:
- Cf – califórnio
Homenagem a cientistas:
- Bh – bóhrio
- Cm – cúrio
- Es – einstênio
- No – nobélio
- Md – mendelévio
- Rf – rutherfórdio
PROPRIEDADES PERIÓDICAS E APERIÓDICAS
Muitas propriedades dos elementos químicos vaiam periodicamente ao longo da Tabela periódica. São as chamadas Propriedades Periódicas.
As propriedades periódicas podem ser: raio atômico, volume atômico, densidade absoluta, eletronegatividade, eletropositividade, eletroafinidade.
Esse fato obedece a Lei da Periodicidade de Moseley:
“Muitas propriedades físicas e químicas dos elementos variam periodicamente na sequência de seus números atômicos.”
Para as propriedades onde os valores só aumentam com o número atômico e outras onde os valores só diminuem chamamos de Propriedades Aperiódicas. São propriedades aperiódicas, o calor específico.
Raio Atômico
O raio atômico dos elementos é uma propriedade periódica porque seus valores só variam periodicamente, ou seja, aumentam e diminuem seguidamente, com o aumento do número atômico.
O raio atômico (r) é a metade da distância internuclear mínima (d) que dois átomos desse elemento podem apresentar, sem estarem ligados quimicamente.
Para medir o raio atômico, usa-se a técnica da difração por Raios-X.
Em uma família, da tabela periódica, o raio atômico aumenta de cima para baixo e no período aumenta da direita para esquerda.
Para esta regra não é admitido os gases nobres, já que possuem o maior raio atômico em cada período.
Observando a tabela periódica, podemos verificar que o frâncio (Fr) tem maior raio atômico.
Se o átomo se transforma em íon cátion ou ânion, o seu raio sofre alteração.
- o raio do átomo é sempre maior que o raio do seu íon cátion porque perde elétrons.
- o raio do átomo é sempre menor que o raio do seu íon ânion porque ganha elétrons.
Volume Atômico
O volume atômico é uma propriedade periódica porque varia periodicamente com o aumento do número atômico.
Volume atômico é a relação entre a massa de uma quantidade de matéria (1 mol = 6,02.1023 átomos ) e a densidade da substância simples formada por esse elemento na fase sólida.
Não é o volume de um átomo, mas de um conjunto de átomos. No volume atômico influi não só o volume de cada átomo, como também o espaçamento que existe entre esses átomos.
Na tabela periódica, os valores do volume atômico aumentam de cima para baixo nas famílias e em um período, do centro para as extremidades da tabela.

Densidade Absoluta
Densidade ou Massa Específica é a relação entre a massa (m) de uma substância e o volume (V) ocupado por essa massa.
Esta variação, no estado sólido é uma propriedade periódica.
Na tabela periódica, os valores de densidades aumentam, nas famílias de cima para baixo e nos períodos, das extremidades para o centro.
Desta forma, pode-se notar que os elementos mais densos estão no centro e na parte de baixo da tabela periódica.
Exemplos:
- Os (ósmio) – d=22,5g/mL
- Ir (irídio) – d=22,4g/mL
Ponto de Fusão e Ponto de Ebulição
Ponto de Fusão é a temperatura que a substância entra em fusão (sólido para líquido).
Ponto de Ebulição é a temperatura que a substância entra em ebulição (líquido para gasoso).
Na tabela periódica, os valores de PF e de PE variam numa família, à esquerda da tabela, aumenta de baixo para cima e à direta da tabela, aumenta de cima para baixo. Nos períodos, aumenta das extremidades para o centro.
Na tabela periódica há elementos de diferentes estados físicos.
- fase gasosa: H, N, O, F, Cl, Ne, Ar, Kr, Xe, RN
- fase líquida: Hg e Br
- fase sólida: demais elementos
Imagine os elementos:
X = fase sólida
Y = fase líquida
Z = fase gasosa
Então, temos:
X com PF e PE maior que Y e Y com PF e PE maior que Z
O carbono (C) é uma exceção para esta regra. Possui PF igual a 3800°C.
O tungstênio (W) é o metal com maior PF, 3422°C, sendo utilizado em filamentos de lâmpadas incandescentes.
Potencial de Ionização
É a energia mínima necessária para “arrancar” um elétron de um átomo isolado no seu estado gasoso.
O primeiro potencial de ionização é considerado o mais importante porque é a energia necessária para “arrancar” o primeiro elétron da camada mais externa do átomo.
De acordo com o SI (Sistema Internacional) deve-se ser expresso em Kj/mol.
O potencial de ionização é uma propriedade periódica, que na tabela periódica, se comporta exatamente ao contrário do raio atômico.
Quanto maior o raio atômico, menor a atração do núcleo com o seu elétron mais afastado. Então é mais fácil de “arrancar” o elétron. Consequentemente é menor a energia de ionização.
O potencial de ionização aumenta, nas famílias de baixo para cima e nos períodos da esquerda para a direita.


Eletronegatividade
É a tendência que um átomo tem de atrair elétrons. É muito característico dos não-metais. Linus Pauling, através de experimentos, tentou quantificar esta tendência e criou uma escala de eletronegatividade. Essa escala existe em muitas tabelas periódicas.
A eletronegatividade aumenta conforme o raio atômico diminui. Quanto maior o raio atômico, menor será a atração do núcleo pelos elétrons mais afastados e então, menor a eletronegatividade.
Na tabela periódica, os gases nobres não são considerados, já que não tem tendência a ganhar ou perder elétrons. Já estão estabilizados.
A eletronegatividade aumenta nas famílias, de baixo para cima e nos períodos da esquerda para a direita.
O elemento mais eletronegativo é o flúor (F), com valor de eletronegatividade 3,98.
Eletropositividade
É a tendência que um átomo tem de perder elétrons. É muito característico dos metais. Pode ser também chamado de caráter metálico. É o inverso da eletronegatividade.
A eletropositividade aumenta conforme o raio atômico aumenta.
Quanto maior o raio atômico, menor será a atração do núcleo pelo elétron mais afastado, maior a facilidade do átomo em doar elétrons, então, maior será a eletropositividade.
Os gases nobres também não são considerados, por conta da sua estabilidade.
A eletropositividade aumenta nas famílias, de cima para baixo, e nos períodos, da direita para a esquerda.
O elemento mais eletropositivo é o frâncio (Fr), que possui eletronegatividade 0,70.
Tabela de eletronegatividade
Lembrando que o menor valor é o mais eletropositivo
Elementos Eletronegatividade
F 3,98
O 3,44
Cl 3,16
N 3,04
Br 2,96
I 2,66
S 2,58
C 2,55
Metais Nobres 2,54 a 2,28
H 2,20
P 2,19
Semi-metais 2,04 a 1,18
Metais Comuns 2,20 a 0,79
Fr 0,70

Eletroafinidade ou Afinidade Eletrônica
É a quantidade de energia liberada quando um átomo isolado no seu estado fundamental (fase gasosa) recebe 1é.
Um átomo isolado no seu estado fundamental pode receber 1é, transformando-se em um ânion. Isso pode levar ao átomo um estado de maior estabilidade e então ocorre a liberação de energia.
A afinidade eletrônica aumenta conforme o raio atômico diminui. É importante para os não-metais. Os elementos mais eletroafins são os halogênios e o oxigênio.
A eletroafinidade, na tabela periódica, aumenta nas famílias de baixo para cima e nos períodos da esquerda para a direita.
Seus valores são dados em Kj/mol e são muito difíceis de serem medidos.
Calor Específico
É uma propriedade aperiódica.
O calor específico do elemento no estado sólido sempre diminui com o aumento do número atômico.
O calor específico é a quantidade de calor necessária para elevar a 1°C a temperatura de 1g do elemento.

Alotropia

Alotropia:
Alotropia é o fenômeno em que um mesmo elemento químico forma substâncias simples diferentes. Estes elementos podem ser Oxigênio (O), Enxofre (S), Carbono (C) ou Fósforo (P).
  • O oxigênio possui os seguintes alótropos:
    - O2 > Gás Oxigênio: É inodoro, incolor e essencial a respiração
    - O3 > Gás Ozônio: Tem cheiro característico e é levemente azulado. É o gás formador da e estratofera e impede que os raios ultravioleta atinjam a superfície terrestre.
  • O enxofre possui as seguintes formas alotrópicas:
- S rômbico
- S monoclínico
  • O Fóforo possui os seguintes alótropos:
- Pn > Fósforo vermelho: Atomicidade indeterminada;
- P4 > Fósforo branco.
  • O Carbono possui três formas alotrópicas:
- C grafite > é o que você usa em seu lápis.
- C diamante > Diamante.
- C fulereno ou C futeboleno : Esta forma alotrópica é tão difícil de ser encontrada, que seu preço é maior que o preço do diamante.

Modelos Atômicos

Modelos Atômicos:
- A Primeira Idéia:
Leucipo é Demócrito eram filósofos e não chegaram a estudar o átomo, simplesmente proporam a existência do mesmo. Átomo = Não Divisível.
- A Evolução Atômica:
Modelo Atômico de John Dalton (1808):
» Os átomos são esféricos, maciços e indivisíveis;
» Os átomos de elementos diferentes são esféricos com massas e tamanhos diferentes.
Modelo Atômico de Thomson (1897):
» O átomo é uma esfera maciça, formado por um fluido com carga positiva no qual estam dispersos os elétrons.
Modelo Atômico de Rutherford (1911):
» O átomo apresenta um núcleo, onde se localizam as cargas positivas (prótons), e uma eletrosfera, onde se localizam as cargas negativas (elétrons).
Modelo Atômico de Böhr (1913):
» Os elétrons giram em torno do núcleo em órbitas circulares (camadas) que possuem uma certa quantidade de energia.
» Os elétrons "pulam" para outra camada quando absorvem energia. Quando eles voltam para sua órbita de origem, o mesmo libera essa energia na forma de luz.
» Camadas: K, L, M, N, O, P, Q.
Modelo Atômico de Sommerfeld (1916):
» A energia que o elétron desprendia em forma de luz, era devido ao fato de que as camadas eletrônicas possuiam algumas subdivisões, que ele chamou de subníveis de energia, aos quais estavam associados várias órbitas diferentes, sendo uma dessas órbitas circular e as demais elípticas.
Modelo Atômico do Orbital (1927):
» Orbital é a região do espaço onde há grande probabilidade de se encontrar elétrons. Eixos x, y e z.

Equilíbrio Químico

EQUILÍBRIO QUÍMICO:
Quando ocorre uma reação química e sua direta (A + B ------> C + D) e sua inversa (C + D ------> A + B) ocorrem simultaneamente, chamamos esta reação de uma reação reversível. Numa reação sem reversibilidade representamos com uma seta; já numa reação reversível, representamos com uma dupla seta.
O equilíbrio é atingido quando a velocidade da reação direta se iguala a velocidade da reação inversa. A principal característica a ser observada num equilíbrio, é que esse esquilíbrio é dinâmico, isto é, a reação continua a ocorrer, só que com velocidade direta e inversa equivalente.
AÇÃO DO CATALISADOR SOBRE O EQUILÍBRIO:
Sabemos que o catalisador diminui a energia de ativação, facilitando a ocorrência da reação, aumentando a velocidade da mesma. Com isso, podemos concluir que o catalisador permite que o equilíbrio seja atingido num tempo menor.
CONSTANTE DE EQUILÍBRIO:
- Em função da concentração: (Kc)
a A + b B c C + d D
Kc = [C]c ´ [D]d ¸ [A]a ´ [B]b
Kc = constante de equilíbrio; [ ] = concentração em mol/L.
Esta equação só pose ser utilizada quando a reação atingir o equilíbrio.
- Em função da pressão parcial: (Kp)
a A + b B c C + d D
Kp = PCc ´ PDd ¸ PAa ´ PBb
Kp = constante de equilíbrio; P = pressão parcial.
DESLOCAMENTO DO EQUILÍBRIO:
» Alteração na concentração:
- Se aumentarmos a concentração dos reagentes, o equilíbrio se deslocará para a direita, ísto é, no sentido dos produtos.
- Se aumentarmos a concentração dos produtos, o equilíbrio se deslocará para a esquerda, ísto é, no sentido dos reagentes.
- Se diminuirmos a concentração dos reagentes, o equilíbrio se deslocará para a esquerda, ísto é, no sentido dos reagentes.
- Se diminuirmos a concentração dos produtos, o equilíbrio se deslocará para a direita, ísto é, no sentido dos produtos.
» Alteração na pressão:
Com o aumento da pressão ocorrerá uma diminuição do volume, logo o deslocamento acontecerá no sentido em que houver redução da quantidade de mols.
2 H2 + 1 O2 2 H2O
Reagentes: 2 mols + 1 mol = 3 mols.
Produtos: 2 mols.
Nesta reação, como o produto possui menor quantidade de mols que os reagentes, o deslocamento ocorrerá para a direita, no sentido dos produtos.
Se diminuirmos a pressão, ocorrerá um aumento do volume, logo o deslocamento acontecerá no sentido em que houver um aumento do número de mols; na equação supracitada, se aumentarmos o volume o deslocamento será para a esquerda.
» Alteração na temperatura:
O aumento da temperatura favorece a reação endotérmica. A diminuição da temperatura favorece a reação exotérmica.
CO(g) + NO2(g) CO2(g) + NO(g)
DH= - 56 Kcal.
Como o DH é negativo, a reação é exotérmica. Este DH indica a variação de entalpia da reação direta, logo a reação inversa é endotérmica. Aumentando a temperatura vai favorecer a reação endotérmica (inversa), diminuindo a temperatura vai favorecer a reação exotérmica (direta).
Obs.: A interpretação supracitada refere-se a reação acima.

Bases

BASES:
A definição mais utilizada para o entendimento do que são as bases, foi elaborada pelo químico Svant August Arrhenius.
Segundo ele, bases ou hidróxidos são compostos que em solução aquosa, sofrem dissociação iônica e liberam exclusivamente como ânion o íon hidroxila "OH-".
Classificação das bases quanto ao número de hidroxilas (OH-):
- Monobases » Apresentam apenas uma hidroxila como ânion. Exemplos: KOH, LiOH, NH4OH.
- Dibases » Apresentam duas hidroxilas como ânion. Exemplos: Ca(OH)2, Zn(OH)2, Ba(OH)2.
- Tribases » Apresentam três hidroxilas como ânion. Exemplos: Al(OH)3, Ga(OH)3, Fe(OH)3.
Classificação das bases quanto ao grau de dissociação:
Quanto mais solúvel em água a base, mais forte ela será. (Excessão do NH4OH, que é uma base solúvel porém fraca).
- Bases Fortes » São as bases do grupo 1A e 2A, pois apresentam uma alta solubilidade. Exemplos: LiOH, Ba(OH)2.
- Bases Fracas » São as bases formadas pelos demais elementos. Exemplos: Zn(OH)2, Fe(OH)3, AgOH.
Classificação das bases quanto à solubilidade em água:
- Bases com Metais Alcalinos » São solúveis.
- Bases com Metais Alcalinos Terrosos » São pouco solúveis.
- Bases de outros metais » São praticamente insolúveis.

Sais

SAIS:
São compostos iônicos que possuem pelo menos um cátion diferente de H + e um ânion diferente de OH-.
O sal é formado através de uma reação entre um ácido e uma base; onde os íons H+ e OH- reagem para formar a água; e o ânion do ácido reage com o cátion da base, formando o sal.
Há uma reação entre um ácido e uma base, dar-se o nome de reação de neutralização.
Veja os exemplos a seguir:
HCl + NaOH ---------> NaCl + H2O
H2SO4 + 2 LiOH --------> Li2SO4 + 2 H2O
Classificação dos sais quanto à presença de oxigênio:
- Oxissais (Sais Oxigenados) » Apresentam oxigênio em sua molécula. Ex: Na2SO4, AlPO4.
- Sais não oxigenados » Não apresentam oxigênio em sua molécula. Ex: NaCl, CaCl2.
Classificação dos sais quanto ao número de elementos:
- Sais Binários » Apresentam dois elementos químicos em sua composição. Ex: KCl, Al2S3.
- Sais Ternários » Apresentam três elementos químicos em sua composição. Ex: Na2SO4, Ba2P2O7.
- Sais Quaternários » Apresentam quatro elementos químicos em sua composição.Ex: Ca(OCN)2.
Classificação dos sais quanto à natureza dos íons:
- Sais Neutros (Normal) » Não apresentam em sua composição nem H+ e nem OH-. Ex: NaCl, BaSO4.
- Sais Ácidos (Hidrogeno-sal) » Apresentam em sua composição dois cátions, sendo um deles o H+, e um só tipo de ânion, sendo diferente de OH-. Ex: NaHCO3, K2HPO4.
- Sais Básicos (Hidróxi-sal) » Apresentam em sua composição dois ânions, sendo um deles o OH-, e um só tipo de cátion, sendo diferente de H+. Ex: Ca(OH)Cl, Fe(OH)SO4.
- Sais Duplos (Misto) » Apresentam em sua composição dois cátions diferentes de H+ ou dois ânions diferentes de OH-.
- Sais Hidratados » Apresentam em sua composição moléculas de água. Ex: CuSO4*5 H2O, CoCl2*2 H2O.
Classificação dos sais quanto à solubilidade em água:
Solubilidade em Água
Sólúveis (como regra) Insolúveis (principais excessões à regra)
Nitratos (NO3-)Acetatos (CH3COO-)
Cloretos (Cl-)Brometos (Br-) AgCl, PbCl2, Hg2Cl2, AgBr, PbBr2, Hg2Br2.
Iodetos (I-) AgI, PbI2, Hg2I2, HgI2, BiI2.
Sulfatos (SO4-2) CaSO4, SrSO4, BaSO4, PbSO4.
Sais de metais alcalinos e de amônio
Insolúveis (como regra) Solúveis (principais excessões à regra)
Sulfetos (S2-) Os dos metais alcalinos, alcalinos terrosos e de amônio. Exemplos: K2S, CaS, (NH4)2S.
Hidróxidos (OH-) Os dos metais alcalinos, alcalinos terrosos ede amônio. Exemplos: NaOH, KOH, NH4OH.
Carbonatos (CO32-) Os dos metais alcalinos e de amônio.Exemplos: Na2CO3, K2CO3, (NH4)2CO3.
Fosfatos (PO43-) Os dos metais alcalinos e de amônio.Exemplos: Na3PO4, K3PO4, (NH4)3PO4
Sais não - citados Os dos metais alcalinos e de amônio.

Ácidos

ÁCIDOS:
Existem várias definições para ácidos, das quais a mais utilizada é a definição do químico Svant August Arrhenius. Segundo ele, ácidos são compostos que em solução aquosa, ionizam-se e liberam exclusivamente como cátion o íon H3O+ (hidrônio ou hidroxônio).
Observe o esquema a seguir:
HCl + H2O --------> Cl - + H3O +.
simplificando:
HCl + H2O --------> Cl - + H +.
Note que o ácido clorídrico quando reage com a água, libera como ânion o íon Cloro e como cátion o íon Hidroxônio.

Classificação dos ácidos quanto ao número de hidrogênios ionizáveis:
- Monoácidos » Apresentam apenas um hidrogênio ionizável. Exemplos: HBr, HCl, HNO3, HF.
- Diácidos » Apresentam dois hidrogênios ionizáveis. Exemplos: H2SO4, H2CO3, H2S.
- Triácidos » Apresentam três hidrogênios ionizáveis. Exemplos: H3BO3, H3PO4.
- Tetrácidos » Apresentam quatro hidrogênios ionizáveis. Exemplos: H4SiO4, H4P2O7.
Classificação dos ácidos quanto ao número de elementos constituintes:
- Binários » Apresentam dois elementos. Exemplos: HBr, HCl, H2S, HF.
- Ternários » Apresentam três elementos. Exemplos: H2SO4, H3PO4.
- Quaternários » Apresentam quatro elementos. Exemplos: HOCN.
Classificação dos ácidos quanto à presença de oxigênio na molécula:
- Oxiácidos » Apresentam oxigênio na molécula. Exemplos: H4SiO4, H2SO4, H3PO4.
- Hidrácidos » Não apresentam oxigênio na molécula. Exemplos: HBr, HCl, HF.
Nomenclatura dos ácidos:
Um dos maiores problemas para os alunos do ensino médio na química, é a nomenclatura das substâncias. Percebemos que toda a dificuldade estava no fato de que os alunos não conhecem os nomes dos ânions; sabendo que sem o devido aprendizado dos nomes dos ânions, fica praticamente impossível seu aprendizado para escrever as fórmulas e os nomes da substâncias. Expomos a necessidade de que você aprenda no mínimo os principais ânions.
Para a nomenclatura dos ácidos, proceda da seguinte forma:
Exemplo: HCl.

ÁCIDO + NOME DO ÂNION COM A TERMINAÇÃO ALTERADA.
A alteração deverá ser feita da seguinte forma:

terminação do ânion
alteração
ito oso
ato ico
eto ídrico
O ânion Cl-, chama-se cloreto, logo a terminação do ácido será ídrico.
O HCl, chama-se Ácido Clorídrico.

Cinética Quimica

CINÉTICA QUÍMICA:
É a parte da química que estuda a velocidade das reações químicas.
De modo geral:
V = | variação da quantidade de uma substância | ¸ intervalo de tempo.
A unidade da velocidade pode ser expressa em:
* mol / L x s
* mol / L x min
* mol / L x h
A velocidade de produção ou consumo de um substância, está diretamente relacionada com os coeficientes da reação, devidamente balanceada.
Reação: a A + b B ----------> c C + d D
Velocidade: VA ¸ a = VB ¸ b = VC ¸ c = VD ¸ d.
Fatores que influenciam na velocidade da reação:
- Superfície de contato: Quanto maior a superfície de contato, maior será a velocidade da reação.
- Temperatura: Quanto maior a tempertatura, maior será a velocidade da reação.
- Concentração dos reagentes: Aumentando a concentração dos reagentes, aumentará a velocidade da reação.
Numa reação química, a etapa mais lenta é a que determina sua velocidade. Observe o exemplo a seguir: O peróxido de hidrogênio reagindo com íons iodeto, formando água e oxigênio gasoso.
I - H2O2 + I- ------> H2O + IO- (Lenta)
II - H2O2 + IO- ------> H2O + O2 + I- (Rápida)
Equação simplificada: 2 H2O2 ------> 2 H2O + O2.
A equação simplificada corresponde a soma das equações I e II. Como a etapa I é a etapa lenta, para aumentar a velocidade da reação, deve-se atuar nela. Tanto para aumentar ou diminuir a velocidade da reação, a etapa II (rápida) não vai influir; sendo a etapa I a mais importante.
A lei de Guldberg-Waage:
Considere a seguinte reação: a A + b B ----------> c C + d D
Segundo a lei de Guldberg-Waage; V = k [A]a [B]b.
Onde:
  • V = velocidade da reação;
  • [ ] = concentração da substância em mol / L;
  • k = constante da velocidade específica para cada temperatura.
A ordem de uma reação é a soma dos expoentes das concentrações da equação da velocidade. Utilizando a equação anterior, calculamos a ordem de tal reação pela soma de (a + b).
Energia de ativação:
É a energia mínima necessária para que os reagentes possam se transformar em produtos. Quanto maior a energia de ativação, menor será a velocidade da reação.
Ao atingir a energia de ativação, é formado o complexo ativado. O complexo ativado possui entalpia maior que a dos reagentes e dos produtos, sendo bastante instável; com isso, o complexo é desfeito e dá origem aos produtos da reação. Observe o gráfico:
Onde:
  • C.A.= Complexo ativado.
  • Eat. = Energia de ativação.
  • Hr. = Entalpia dos reagentes.
  • Hp. = Entalpia dos produtos.
  • DH = Variação de entalpia.
Catalisador:
O catalisador é uma substância que aumenta a velocidade da reação, sem ser consumida durante tal processo.
A principal função do catalisador é diminuir a energia de ativação, facilitando a transformação de reagentes em produtos. Observe o gráfico que demonstra uma reação com e sem catalisador:
Inibidor: é uma substância que retarda a velocidade da reação.
Veneno: é uma substância que anula o efeito de um catalisador.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Tipos de Ligações Químicas


TIPOS DE
LIGAÇÕES QUÍMICAS
Fonte: Professor Gladsney Santos Pena 
                 
LIGAÇÃO IÔNICA ou ELETROVALENTE
Metal + Ametal
Metal + Hidrogênio
LIGAÇÃO COVALENTE ou MOLECULAR
Ametal + Ametal
Metal + Hidrogênio
LIGAÇÃO METÁLICA
Metal + Metal 
EXEMPLOS DOS
TIPOS LIGAÇÕES QUÍMICAS
 
Ligação iônica
Na+ Cl- Ocorre entre um metal e um ametal
O átomo de sódio (Na) se liga ao do cloro (Cl)
O sódio é um metal / O cloro é um ametal
Ligação covalente
CL2 Ocorre entre dois ametais
O átomo de cloro (Cl) se liga a outro átomo de cloro (Cl)
O cloro é um ametal. A molécula de Cloro é Cl2
Ligação metálica
Nan Ocorre entre dois metais
Átomos de sódio (Na) ligados entre si
O sódio é um metal
CÁTIONS E ÂNIOS 
Átomo — perde elétrons — íons com carga positiva —CÁTION
Átomo — ganha elétrons — íons com carga negativa —ÂNION    
DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA
DA CAMADA DE VALÊNCIA

Legenda: F = Família / DV = Distribuição eletrônica da camada de valência / CG = Comportamento Geral / V =Valência / E = Eletrovalência
DVCGVE
IA1Perder 1e-1+1
IIA 2Perder 2e-2+2
IIIA3Perder 3e-3+3
IVA4 Perder 4e-
Receber 4e-
Compartilhar4e-
4
4
4
+4
-4
VA 5Receber  3e-
Compartilhar  3e-
3
3
-3
VIA 6Receber  2e-
Compartilhar  2e-
2
2
-2
VIIA 7Receber  1e-
Compartilhar  1e-
1
1
-1
1Receber  1e-
Compartilhar 1e-
1
1
-1









LIGAÇÕES IÔNICAS OU ELETROVALENTES
  • Ocorre entre íons positivos,cátions, e íons negativos,ânions.
  • Caracteriza-se pela força de atração eletrostáticaentre os íons.
  • Ocorre entre elementos que apresentam tendências opostas, isto é: 
    • um dos átomos da ligação tende a perder elétronsii. o outro átomo da ligação tende a ganhar elétrons
  • pode ocorre entre um metal e um ametal, ou entre um metal e um hidrogênio
LIGAÇÃO IÔNICA ENTRE
O SÓDIO E O CLORO = CLORETO DE SÓDIO
(Na + Cl-)
                           O Sódio
                            11 Na
  1s2                   2s2 2p6                       3s1 
K=2                    L=8                             M=1 
  • O sódio apresenta 1 elétron na última camada.
  • se ele perder este elétron passará a ter como última, a segunda camada contendo 8 elétrons.
                              O Cloro
                         17 Cl  
1s2                   2s2 2p6             3s2  3p5
K=2                   L=8                     M=7 
  • O cloro apresenta 7 elétrons na última camada.
  • Se ele ganhar um elétron passará a ter uma composição eletrônica semelhante à de um gás nobre.
Sendo assim:
Na transfere (doa) o seu elétron de valência para Cl.
Ao perder 1 elétron, o Na0 transforma-se no íon Na+, com 8 elétrons na camada de valência (CÁTION)
Ao ganhar 1 elétron, o Cl0 transforma-se no íon Cl-, com 8 elétrons na camada de valência (ÂNION)
Conclui-se, com isso, que:
  • a configuração eletrônica dos íons é a mesma de um gás nobre, pois apresentam grande estabilidade.
  • a atração de natureza elétrica os mantém unidos
METAIS — 1, 2, 3 elétrons na camada de valência
                         PERDEM os elétrons da camada de valência 
AMETAIS — 5, 6, 7 elétrons na camada de valência
                        GANHAM até completarem 8 elétrons na camada de valência 
OUTRO EXEMPLOLIGAÇÃO IÔNICA ENTRE O SÓDIO E O OXIGÊNIO (Na2O)
                                O Sódio
                          11 Na
1s2                  2s2 2p6                       3s1
K=2                  L=8                               M=1
a) 1 elétron na última camada = METAL
b) Na0 — perde 1 elétron = Na+
                        Oxigênio
                         8 O
1s2                   2s2 2p4
K=2                  L= 6
  a) 6 elétrons na última camada = AMETAL
b) O0 — ganha 2 elétrons = O2-
Importante
Em uma ligação eletrônica, o número de elétrons perdidos por um átomo é igual ao número de elétrons recebidos pelo outro átomo.
Observe
Para completar octeto do oxigênio, são necessários 2 elétrons.
Mas um átomo de o sódio só pode doar um elétron.
Então, para essa ligação eletrônica, é necessário:
1 átomo de oxigênio + 2 átomos de sódio = Na2O
OUTRO EXEMPLOLIGAÇÃO IÔNICA ENTRE
O ALUMÍNIO E O OXIGÊNIO Al2O3
                          O Sódio
                         13 Al
1s2                   2s22p6                        3s23p1 
K=2                  L=8                               M=3
  • 3 elétrons na última camada = METAL
  • Al0 — perde 3 elétron = Al+3
                        Oxigênio
                         8 O
1s2                   2s2 2p4
K=2                  L= 6
  • 6 elétrons na última camada = AMETAL
  • O0 — ganha 2 elétrons = O2-
  •   Essa ligação iônica estabelece as seguintes fórmulas:
FÓRMULA PRÁTICA

Al +3 O2- = Al2 O3

Observe que a indicação da quantidade de elétrons que o alumínio doou, antes situava em posição elevada ao seu símbolo; da mesma forma ocorria com a indicação da quantidade de elétrons que o oxigênio recebeu. Na fórmula, ocorre uma inversão. O número que indicava quantidade de elétrons que o alumínio doou, transfere-se para o lado inferior do símbolo do oxigênio, dispensando os sinais negativo ou positivo. O mesmo ocorre com o oxigênio.Essa representação demonstra que: 
CADA ÁTOMO DE ALUMÍNIO PERDE 3 ELÉTRONS
2 ÁTOMOS PERDEM 6 ELÉTRONS
CADA
ÁTOMO DE OXIGÊNIO GANHA 2 ELÉTRONS
3 ÁTOMOS GANHAM 6 ELÉTRONS
  
HÁ UM EQUILÍBRIO DE CARGAS
O número de elétrons que os dois átomos de alumínio perdem é igual ao número de elétrons que os 3 átomos de oxigênio ganham.
A FÓRMULA DE LEWIS (no desenho acima) ilustra bem essa situação. 
Exercícios
1º Faça a distribuição eletrônica dos átomos abaixo, e a fórmula do composto formado na combinação dos elementos de cada par: 
  • a) Ca (Z= 20) e Cl (Z = 17)
  • b) Ba (Z = 56) e F (Z = 9)
  • c) K (Z = 19) e S (Z = 16)
  • d) Mg (Z = 12) e Cl (Z = 17)
  • e) Ca (Z = 20) e N (Z = 7)
  • f) Al (Z = 13) e Cl (Z= 17) 
2º Um elemento X possui na sua camada de valência (última camada) elétrons e um elemento Y possui apenas 2 elétrons. Qual a fórmula e o tipo de ligação do composto formado por esses elementos? 
3º Explique por que o íon Mg2+ possui maior estabilidade do que o íon Mg+  
4º Registre a fórmula e o tipo de ligação que se estabelece entre o metal alcalino X do 3º período e o calcogênio Y também do 3º período.